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Estamos a beira de uma nova era, está na hora de acabar com o Facebook?

Escrito por Giovanna Curi a 3 minutos de leitura

Seguindo o apelo de Chris Hughes para desmantelar o Facebook e quebrar seu monopólio digital, a Awin discute qual é a relação disso com o mercado de afiliação.

As coisas devem estar muito ruins para o co-fundador de uma empresa chegar ao ponto de pedir para que ela seja desmontada. Mas isso é exatamente o que Chris Hughes, ex-colega de Harvard de Mark Zuckerberg e co-fundador do Facebook, defendeu em uma reportagem para o The New York Times na semana passada.

É compreensível que a reportagem tenha atraído a atenção de toda a indústria. A retórica anti-monopólio está ganhando credibilidade nos meios de publicidade digital, com os holofotes recaindo naturalmente sobre o Google, Facebook e Amazon.

Falar sobre quebrar essas empresas para o bem da concorrência é algo que está se tornando um tema popular entre os políticos dos EUA, sendo algo encontrado entre até mesmo as visões tradicionalmente contraditórias de Donald Trump e Elizabeth Warren.

Os EUA tem uma forte história de tomar medidas contra corporações que concentram muito poder em um mercado, como ocorreu no ato Sherman de 1890.

Ao apresentá-lo ao Senado, o político republicano John Sherman declarou: "Se não nos submetemos a um imperador, não deveríamos nos submeter a um autocrata do comércio com poder para impedir a concorrência e fixar o preço de qualquer mercadoria".

Ao longo dos anos, a Lei Sherman tem sido citada e usada em vários casos contra empresas que eram vistas como abusando de sua posição dominante no mercado. Da Standard Oil e American Tobacco, no início do século XX, à AT&T e à Microsoft no final do século XX.

No entanto, com os legisladores adotando uma visão progressivamente conservadora sobre o que conta como prática monopolística, estreitando seu foco sobre se ela gera aumentos de preços para os consumidores, os titãs da tecnologia geralmente acabam escapando de suas análises.

Embora a Suprema Corte tenha decidido esta semana que a Apple pode ser processada por monopolizar a App Store, essa decisão foi baseada no fato de que a comissão de 30% da Apple sobre todas as vendas de aplicativos demonstra precisamente este tipo de aumento de preço prejudicial.

Na maioria das vezes, os usuários não tendem a pagar para usar os serviços oferecidos por essas empresas (Facebook ou Google), ou se o fizerem (esquema Prime da Amazon), eles são muitas vezes subsidiados a alimentar esse crescimento.

Em vez disso, os usuários acabam pagando com seus dados pessoais e isso é usado para alimentar os negócios de publicidade altamente lucrativos que cada uma dessas empresas administra.

Esse truque permitiu que o Facebook adquirisse empresas que normalmente seriam consideradas suas concorrentes diretas. A decisão da FTC de dar luz verde às compras do Instagram e do Whatsapp em 2012 e 2014, respectivamente, agora é considerada um grande erro, e Chris Hughes não é o único que pede para que as empresas se dividam contra o poder do Facebook.

Como muitos, um dos maiores problemas que Hughes cita em seu ataque é o impacto sobre a inovação e na supressão de um ambiente saudável de start-ups. Com uma media de 84 centavos por dólar gastos em publicidade de mídias sociais indo para o grupo do Facebook, há muito pouco espaço para novas empresas se desenvolverem fora do domínio de Zuckerberg. Como ele continua afirmando no artigo a respeito da cena americana, "apesar de todo o dinheiro e propaganda sendo despejados em novas empresas, nenhuma empresa de mídias sociais foi lançada desde 2011".

Assistir tudo isso a partir das margens do mundo de afiliação é um pouco animador. Afinal, o setor tem sido um campeão de start-ups há muito tempo. As barreiras à entrada são mínimas e sempre houve espaço para novas e inovadoras ideias de negócios que possam demonstrar seu valor aos anunciantes.

O marketing de afiliação permite que as marcas assumam o controle sobre suas parcerias publicitarias, configurando seus programas para trabalharem com uma ampla gama de afiliados. 

Esta diversidade digital, temática do Awin Report deste ano, é uma característica fundamental da indústria de afiliação e que, sem dúvida, irá sustentar o seu desenvolvimento futuro.

Independentemente do que acontecer com o Facebook nos próximos anos, o canal de afiliação continuará sendo um paraíso para empresas novas e inovadoras, proporcionando-lhes acesso a ferramentas, apoio e parcerias que podem ajudar a alimentar seus empreendimentos.

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